50 Coisas Antes Dos 50: agosto 2014

21 de agosto de 2014

17 de agosto de 2014

Nesses últimos dias, sofremos muitas perdas nacionais e internacionais, tristes fatalidades de pessoas queridas.

E, em tempo de perdas e de mortes, lembramos de nossas vidas e como é rápida nossa passagem pela terra. Ninguém sabe do amanhã, sabemos do hoje. Não adiantam nossos planos para depois da aposentadoria, depois da faculdade, depois de ganhar muito dinheiro, porque não sabemos se haverá o depois.

No cenário nacional, perdemos um grande político, Eduardo Campos, que ficou sem o depois. No cenário internacional ficamos sem a graça e o humor de Robin William que, apesar de toda sua riqueza, estrelato, fama, era drogado, alcoólatra e morreu deprimido.

Viver é muito mais do que ser espectador da vida e vitimizado pelo mundo que o cerca. Viver é sair da zona de conforto e descobrir o que te faz happy. Se permanecemos fazendo a mesma coisa, agindo da mesma maneira, a única certeza que temos é que o resultado será exatamente igual. Se você deseja ser feliz, mudar seu presente, seu futuro, terá que obrigatoriamente criar novos caminhos, fazer novas opções.

Em toda a opção, haverá quebras, dores. Não há crescimento sem dores nem perdas. Costumo dizer que, em todas as coisas ruins, há coisas boas. Nas coisas e situações ruins, aprendemos, nos revigoramos, nos fortalecemos. Da mesma forma, em todas as coisas boas, há coisas ruins, porque, quando fazemos as escolhas, certamente teremos que abrir mão de alguma coisa ou machucar alguém, nossas escolhas podem ferir, machucar até nós mesmos. Parte do jogo da vida.

Quando resolvemos apostar numa relação, sabemos que não há garantia eterna de enlace. Ninguém compra garantia estendida para a relação eterna. Uma relação é dinâmica. A vida é dinâmica.

Paro e penso: já sofri, já fiz sofrer, já mudei de país por um amor. Já me juntei a pessoas erradas no trabalho, nas amizades, nos relacionamentos. Já senti dor, já fiz doer. Nunca culpei ninguém pelas quebras, pelas minhas dores. Quando nos relacionamos com pessoas em qualquer nível, sabemos que haverá sempre a possibilidade da separação, do hiato. E aí cabe a pergunta: se nas nossas escolhas, alguém sofrer com o fim, como agir? Sofre a pessoa de quem me separo, ou sofro eu por não escolher minha própria felicidade? Existe o meio termo? Temo que não exista.

Viver é definitivamente o melhor remédio. Minuto após minuto, dia após dia. Se possível for, que aproveitemos os minutos, dias, momentos preciosos. A vida passa e precisamos do delicioso remédio de acordar, ver o sol e nos sentirmos felizes. Felicidade cura, felicidade reacende. Felicidade faz sorrir. De que adianta toda a fama, o dinheiro, os fãs no mundo todo se Robin Williams não estava feliz? De que adianta tudo o que ele tinha se, para ele, a felicidade não batia à porta?

A consciência do tempo finito é indispensável para viver. Hoje, estamos aqui, amanhã, como saber?

Vamos adiar os projetos de felicidade e de alegria? Não, não vamos. Eu não vou. Há o desejo forte dentro de mim que grita por felicidade. Colar, me juntar com quem me faz meus olhos brilharem. Fazer feliz os olhos e a alma de quem está ao meu lado. A vida segue e eu sigo contente com minhas descobertas.

Escolho por mim, escolho pela felicidade. Todo santo do dia, agradeço a Deus e todas as energias da vida pela oportunidade de escrever uma nova história. Histórias escritas, histórias vividas.

Abro minha alma para a cura. Troco de remédio. De pílulas para sorrisos e festa no interior de mim.

Simplesmente valorize sua vida, cada momento. Não morra cedo, não morra nas relações, não morra em suas opções.

Viva por e com amor. Viva com sede e fome de mais vida. Viva com sensação de quero mais.

Beijos amorosos.

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12 de agosto de 2014

Quenturas de inverno

Toca o telefone. Minha mãe liga para avisar que amanhã vai esfriar em São Paulo, melhor levar casaco, me agasalhar bem contra o frio do lado de fora.

É um aviso. O frio vai me rodear durante o dia na capital paulista, como o calor nos rodeia aqui nesse inverno inusitado do Rio de Janeiro.

E o que vai na mala para esquentar? Levarei roupas, jaquetas, livros e palavras. Daquelas palavras quentes que sobem pela garganta, avermelham a bochecha e saem redondinhas para aconchegar o ouvinte e meus próprios sentidos.

A temperatura é baixa, mas os sentimentos aquecem. Quando você se deita e à noite começa a perder o calorzinho mesmo no inverno carioca, exercite sentimentos esquentadores. Eles te envolvem de tal forma que até o soninho parece mais reconfortante.

Escolha a sua pele, aquela que te guarda, te acaricia. As quenturas começam sempre por nós mesmos. Quando nos damos conta que temos o poder da gradação da temperatura interior, podemos recondicionar nosso corpo para se mover gostosinho pelos dias.

Quanto mais quente o corpo e o coração, mais ternura emanamos. Processo natural da vida. Não há nada tão potente quanto o coração aquecido.

Veja bem, não tem ciência nenhuma em alterar as temperaturas externas. Nossas vibrações são bonitas e fortemente sentidas à nossa volta.

Portanto, exercite-se no inverno. Exercícios de interação, contato, troca de afeto, carinho, passe o tempo com alguém, converse animadamente, olhe profundamente nos olhos.

Receitas simples num mundo moderno tão rápido, tão afoito, tão estressado. Freie os momentos, desacelere para aquecer seus motores.

Enquanto escrevo, anoto as receitas para mim. Carrego a simplicidade para São Paulo. A empresária, a coach vai também na boleia. Vou dizer para você em segredo: quanto mais me inspiro nas coisas mais triviais da vida, mais sou feliz e dou valor a cada minuto.